O Comitê popular da Copa e das olimpíadas do Rio de Janeiro lança a segunda versão do dossiê megaeventos e direitos humanos no rio de Janeiro. A primeira versão, lançada em março de 2012, traçou um quadro abrangente das situações de violação dos direitos humanos relacionadas às intervenções da Copa do mundo e das olimpíadas, envolvendo as questões da moradia, mobilidade, trabalho, esporte, segurança pública, informação, participação e economia, infelizmente, passado cerca de um ano daquele lançamento, pode-se constatar o agravamento das situações denunciadas.
A Cidade do Rio de Janeiro está sendo palco de diversos projetos visando à preparação da cidade para a Copa do mundo de 2014 e para os Jogos olímpicos de 2016. As obras incluem instalações esportivas, a reforma do estádio maracanã, infraestrutura no campo da mobilidade urbana (modernização e expansão do metrô, construção de corredores de ônibus, obras viárias de acesso à área urbana e reformas do Aeroporto internacional tom Jobim) e projetos de reestruturação urbana.
O dossiê denuncia o processo de violação do direito à moradia e dá visibilidade ao desrespeito, pelas autoridades, do direito dos cidadãos e cidadãs de terem acesso à informação e de participarem dos processos decisórios. esta construção registra a subordinação dos interesses públicos aos interesses de entidades privadas (dentre as quais destacam-se o Comitê olímpico
internacional e as grandes corporações), o desrespeito sistemático à legislação urbana e aos direitos ambientais, aos direitos trabalhistas e ao direito ao trabalho, afora o desperdício dos recursos públicos, que deveriam estar sendo destinados às prioridades da população. Enfim, aborda-se aqui a violação do direito à cidade.
(Trecho extraído da 2ª Edição do Dossiê Megaeventos).
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