do PACS

 

Nossa participação ativa no Comitê Popular Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro e na Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa permitiu-nos de certa forma prever (e participar) da onda de protestos:
“É preciso impedir que o tão anunciado ‘legado’ da Copa de 2014 no Brasil se converta em um pesado ônus para a democracia e a população. Até agora, quem vem pagando a conta da Copa é o povo brasileiro, principalmente aquele mais sofrido: removido, explorado, sem direito a protestar”
(…)
“Mobilizações populares são fundamentais para exigir que os governos invistam em políticas públicas, para além dos investimentos astronômicos da Copa do Mundo. É importante lembrar que só em 2012 o corte no orçamento federal foi de R$ 55 bilhões, a maior parte em saúde (R$5,4 bilhões), com vistas a garantir o pagamento da dívida financeira” (p. 38). 
Os protestos mostraram a indignação das brasileiras e brasileiros contra a transformação do futebol em sofrimento para muitos,  enquanto poucos estão lucrando como nunca. Os manifestantes pediram mais verbas para saúde e educação nas passeatas recentes, em vez de gastos com prioridades questionáveis.
No entanto, sem identificar os verdadeiros responsáveis pela situação atual – o peso da dívida no orçamento, por exemplo – a indignação da sociedade seguirá sem alcançar mudanças necessárias, estruturais.
Republicamos o texto, um ano depois, acreditando que ele permanece atual. Esperamos que diante da nova conjuntura ele possa ser útil às lutas que iremos enfrentar.
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