Muita coisa aconteceu desde o ano passado, principalmente a partir de Junho, quando nos deparamos com nova realidade na luta por direitos. Novas demandas, novas forças sociais nas anteriormente existentes, novo patamar de mobilização nas ruas.

Assim, desde o ano passado iniciou-se uma série de oficinas de reflexão, debate e formação política entre amplas forças da esquerda (1), que recebeu o nome de Conflitos e Resistências. Nessas oficinas, compartilhamos análises sobre as mobilizações e a conjuntura política: o modelo de mega-eventos esportivos, com suas práticas de remoções, militarização e inversão de prioridades no orçamento público; violências do Estado; ações diretas; violência contra a mulher; democratização da comunicação; tarifa zero nos transportes; educação e saúde públicas; modelo de cidade; violação dos direitos, e muitas outras.

Afirmou-se a importância de espaços destinados à formação política e do compartilhamento do saber e reflexões para o conjunto das lutas.
Não se pretende fundar nenhuma organização, articulação, entidade, movimento ou rede nova. Mas construir um espaço de estudo, reflexão coletiva, ouvindo diversos atores sociais envolvidos nestes processos de lutas.

Até agora estamos acumulando reflexões que apontam a importância de termos um grande espaço crítico e contestador durante a Copa do Mundo ou pouco antes dela. Um encontro com debates, oficinas auto-organizadas e plenárias anti-capitalistas. Seria o culminar desse processo que estamos envolvidos nas oficinas Conflitos e Resistências e poderia servir como um dos espaços de encontro e formação conjunta das forças de esquerda e contra-hegemônicas no Rio de Janeiro. Para isso, precisamos ir construindo desde já, cada vez mais em expansão, esse espaço, que já conta com diversas entidades, movimentos e organizações.
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(1) As seguintes organizações convocaram a primeira oficina: Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, FEM (Fórum Estadual de Combate à Violência contra a Mulher), Fórum de Saúde do RJ, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM/RJ), Movimento pela Legalização da Maconha (MLM), Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), Rede Jubileu Sul, União da Juventude Comunista (UJC). Outras organizações participaram das etapas subsequentes: Associação de Docentes da UFRJ (ADUFRJ), Agroecologia, Alicerce Sindical, Beijato, Coletivo Projetação, Fórum em Defesa da Educação Pública (FEDEP), Movimento da Luta Antimanicomial/RJ, RECID, Unidade Classista, Universidade da Cidadania, Vila Autódromo, midialivristas e outros ativistas independentes que estão presentes nas ruas desde junho.

A próxima oficina do Conflitos e Resistências será no dia 22 de Fevereiro, sábado, das 9h às 17h, no Sindicato dos Jornalistas – rua Evaristo da Veiga, 16/16º andar.

MANHÃ:
Debate animado por Roberto Leher (ANDES/UFRJ) e Sandra Quintela (PACS/Jubileu Sul)

TARDE:
Divisão em grupos de trabalho para pensar os próximos passos na construção e ampliação deste processo de reflexão conjunta, para conseguir criar esse espaço de resistências, de esquerda e popular em Junho próximo.

Sabemos que o tempo é curto, mas sua participação e de sua organização são muito importantes agora!
Saudações de resistência,
Conflitos e Resistências

INSCRIÇÕES EM:
[email protected]

 

Oficina1