Campanha #COPAPRAQUEM? expõe violações de direitos e questiona real legado do megaevento.

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) lançou a Campanha #Copapraquem?. O objetivo é expor as violações de direitos humanos sofridas pela população em razão do megaevento e questionar o real legado que ficará para o país após os jogos.
O QUE VEMOS NAS CIDADES
 Há mais de três anos, os Comitês Populares da Copa, organizados em cada uma das 12 cidades-sede, começaram a questionar o autoritarismo, a ganância e o desprezo aos direitos dos brasileiros que envolvem a realização da Copa da Fifa. Desde lá, acompanham os impactos da vinda dos jogos para as capitais.
NOTA OFICIAL
 Trecho de nota oficial divulgada pela Ancop recentemente critica o processo: “Hoje, entrando em 2014, as pessoas se perguntam: mas, Copa Pra Quem? Os/as cidadãos/as do país do futebol não se deixam mais enganar tão facilmente. Poucos são os que acreditam que a Copa trará qualquer legado para a população. O que vemos nas 12 cidades-sede da Copa da Fifa: despejos (remoções forçadas), violação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, uma legislação de exceção, destruição do que era público para a construção de uma cidade privatizada, orientada aos interesses das grandes empresas e corporações, aumento da exploração sexual infanto-juvenil. Somam-se a tudo isso, ainda, as violentas ações de repressão do Estado sobre a população e, o que é pior, a falta de diálogo e sensibilidade para com os milhões de indignados que saem às ruas”.
OITO PAUTAS BEM NÍTIDAS
 Ainda no documento, a Articulação lista pelo menos oito pautas de reivindicação defendidas pelo movimento e nunca atendidas pelo Estado. Em resumo:
 1) O fim das remoções e despejos de moradias.
2) garantir à população em situação de rua políticas de acesso à alimentação, abrigo e higiene pessoal, como trabalho e assistência social.
3) Revogação imediata das áreas exclusivas da Fifa previstas na Lei Geral da Copa.
4) Criação de campanhas de combate à exploração sexual e ao tráfico de pessoas.
5) Não instalação dos tribunais de exceção no entorno dos estádios.
6) Revogação da lei que concede isenção fiscal à Fifa e suas parceiras comerciais e auditoria popular da dívida pública.
7) Arquivamento imediato dos PLs que tipificam o crime de terrorismo.
8) Desmilitarização da polícia e fim da repressão aos movimentos sociais.
O PACS apóia e participa do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro, que integra a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP).
Confira a íntegra da Nota da ANCOP.
copaparaquem