Não só de Copacabana, Pão de Açúcar e Corcovado é feita a natureza do Rio de Janeiro. Em cartaz até a próxima sexta-feira (11) no Centro de Teatro do Oprimido (CTO) na Lapa, a exposição “Baia de Sepetiba e Santa Cruz: em busca de um futuro legal” revela um cenário de riquezas ambientais na Zona Oeste que não aparece nas propagandas da cidade maravilhosa. Localidade impactada por atividades industriais, mas que abriga um povo que resiste à degradação do lugar e luta por uma vida digna.

Release Português/Español

Durante a Copa, exposição mostra um Rio de Janeiro desconhecido por muitos
“Baia de Sepetiba e Santa Cruz: em busca de um futuro legal” fica em cartaz até a próxima sexta-feira (11) na Lapa

Não só de Copacabana, Pão de Açúcar e Corcovado é feita a natureza do Rio de Janeiro. Em cartaz até a próxima sexta-feira (11) no Centro de Teatro do Oprimido (CTO) na Lapa, a exposição “Baia de Sepetiba e Santa Cruz: em busca de um futuro legal” revela um cenário de riquezas ambientais na Zona Oeste que não aparece nas propagandas da cidade maravilhosa. Localidade impactada por atividades industriais, mas que abriga um povo que resiste à degradação do lugar e luta por uma vida digna.

Morador da região há 70 anos, o pescador Ozéas Quintanilha recordou as transformações que vem sofrendo a Baía de Sepetiba ao ver sua foto revelada em um dos painéis no lançamento da exposição. “Essa foto me faz lembrar muitas coisas. Ali era o rio onde eu bebia água e agora é uma vala. Ao mesmo tempo que me dá alegria porque estão divulgando o que está acontecendo lá, me dá tristeza ver o rio daquela maneira. O desenvolvimento é bom, mas não dessa forma. Fico triste de ver isso acontecer em minha terra”, declarou.

Além da instalação do Porto do Itaguaí e do vazamento de metais pesados da Companhia Ingá Mercantil na década de 1980, os impactos ambientais foram acentuados com chegada em 2007 da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA). Empreendimento da Vale e da ThyssenKrupp, a TKCSA é responsável pelo aumento de 76% da emissão de gases de efeito estufa na cidade do Rio de Janeiro.

Mudanças também percebidas pelas novas gerações. “Antes da TKCSA chegar em Santa Cruz meu pai me levava para andar de barco. Eu gostaria de andar novamente e ver aquela beleza que havia antes. Se a TKCSA continuar com a poluição que está hoje, amanhã vamos estar sofrendo muito mais que nossos pais. Nós precisamos lutar pra ter um futuro bom, ter um meio ambiente melhor do que estamos tendo agora”, contou a adolescente Aliane Elizia, de 14 anos.

Vozes que marcaram presença durante o lançamento da exposição no dia 3 de julho. Iniciativa do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo e a Justiça Global, a mostra apresenta sete painéis do fotógrafo e midiativista André Mantelli. “Nosso objetivo primeiro era mostrar o Rio de Janeiro que não sai na propaganda. Na Copa muito se fala dessa cidade maravilhosa, mas não se fala de Santa Cruz, que é aqui do lado e também é na cidade do Rio de Janeiro. Uma região que tem riquezas, que tem uma força, um povo”, lembrou Karina Kato, técnica do PACS.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é o próximo destino das fotografias, que serão expostas durante todo o mês de agosto. De lá, a mostra seguirá de forma itinerante para outros lugares do Rio de Janeiro.

Em reunião, moradores exigem explicações de órgãos ambientais
Sem resposta concreta do Estado, pediram divulgação de TAC assinado pela TKCSA

Ainda no dia 3 de julho, moradores do bairro de Santa Cruz se reuniram com representantes do Instituto Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (INEA) e da Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) para cobrar do poder público que intervenha na resolução dos problemas sociais e ambientais que vive a região. Os representantes da população afetada exigiram também a divulgação do último Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela TKCSA em 2014. Mais uma vez, os órgão ambientais não deram respostas concretas às demandas apresentadas durante o encontro.

“O que queremos saber é onde está a renovação do TAC da TKCSA pra poder ela continuar em funcionamento. A gente quer saber a verdade. Nós temos a verdade do que está acontecendo com os moradores da região, mas do TAC que permite o funcionamento da TKCSA até agora nós não sabemos. Nós somos pequenininhos, mas temos força pra gritar que nós queremos a vitória na nossa comunidade”, exigiu Jaci do Nascimento, pescador e morador de Santa Cruz.

Um novo encontro foi marcado para a penúltima semana de julho na sede do INEA, onde a população da Baía de Sepetiba voltará a cobrar uma solução do Estado para os problemas que afetam a localidade.

Serviço
Exposição “Baía de Sepetiba e Santa Cruz: em busca de um futuro legal”

Local: Centro de Teatro do Oprimido (CTO)
De 03 a 11 de julho, das 10h às 18h
Endereço: Avenida Mem de Sá 31, Lapa, Rio de Janeiro
Informações: 2210-2124
Entrada Franca

Local: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
De 15 de julho a 15 de agosto
Endereço: Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro
Informações: 2210-2124
Entrada Franca

Contatos para a imprensa
Sandra Quintela – 55 21 98842-6472
Karina Kato – 55 21 98529-2802

En Español

Durante la Copa, exposición muestra un Río de Janeiro desconocido por muchos
“Bahía de Sepetiba e Santa Cruz: em busca de um futuro legal”, está en cartelera hasta la próximo viernes (11) en Lapa

No sólo de Copacabana, Pan de Azucar y Corcovado está hecha la naturaleza de Río de Janeiro. En cartelera hasta el próximo viernes (11) en el Centro de Teatro del Oprimido (CTO) en Lapa, la exposición “Baia de Sepetiba e Santa Cruz: em busca de um futuro legal” revela un escenario de riquezas ambientales en la Zona Oeste que no aparece en las propagandas de la ciudad maravillosa. Localidad impactada por actividades industriales, pero que abriga un pueblo que resiste a la degradación del lugar y lucha por una vida digna.

Habitante de la región hace 70 años, el pescador Ozéas Quintanilha recordó las transformaciones que viene sufriendo la Bahía de Sepetiba al ver su foto revelada en uno de los paneles en el lanzamiento de la exposición. “Esta foto me hace recordar muchas cosas. Allí estaba el río donde yo bebía agua y ahora es una zanja. Al mismo tiempo que me da alegría porque están divulgando lo que está pasando allá, me da tristeza ver el río de aquella manera. El desarrollo es bueno, pero no de está forma. Estoy triste de ver esto acontecer en mi tierra”, declaró.

Además de la instalación del Puerto de Itaguaí y de la fuga de metales pesados de la Compañía Ingá Mercantil en la década de 1980, los impactos ambientales fueron acentuados con la llegada en 2007 de ThyssenKrupp Compañía Siderúrgica del Atlántico (TKCSA). Emprendimiento de la empresa Vale y de ThyssenKrupp, la TKCSA es responsable por el aumento del 76% de la emisión de gases de efecto invernadero en la ciudad de Río de Janeiro.

Cambios también percibidos por las nuevas generaciones. “Antes de que la TKCSA llegara a Santa Cruz mi padre me llevaba para andar de barco. Me gustaría andar nuevamente y ver aquella belleza que había antes. Sí a TKCSA continúa con la polución que está hoy, mañana vamos a estar sufriendo mucho más que nuestros padres. Nosotros debemos luchar para tener un buen futuro, tener un medioambiente mejor de lo que estamos teniendo ahora”, contó la adolescente Aliane Elizia, de 14 años.

Voces que marcaron presencia durante el lanzamiento de la exposición en el día 3 de Julio. Iniciativa del Instituto de Políticas Alternativas para el Cono Sur (PACS), en alianza con la Fundación Rosa Luxemburgo y Justicia Global, la muestra presenta siete paneles del fotógrafo y medioactivista André Mantelli. “Nuestro objetivo primero era mostrar el Rio de Janeiro que no sale en propagandas. En la Copa del Mundo se habla de está ciudad maravillosa, pero no se habla de Santa Cruz, que es aquí al lado y es en la ciudad de Río de Janeiro. Una región que tiene riquezas, que tiene una fuerza, un pueblo”, recordó Karina Kato, técnica de PACS.

La fundación Osvaldo Cruz (Fiocruz) es el próximo destino de las fotografías, que serán expuestas durante todo el mes de agosto. De allá, la muestra seguirá de forma itinerante para otros lugares de Rio de Janeiro.

En reunión, habitantes exigen explicaciones de órganos ambientales
Sin respuesta concreta del Estado, piden divulgación del TAC firmado por la TKCSA

Ese mismo día 3 de julio, los habitantes del barrio de Santa Cruz se reunieron con representantes del Instituto Estadual del Medio Ambiente de Rio de Janeiro (INEA) y de la Comisión Estadual de Control Ambiental (CECA) para pedir al poder público que intervenga en la resolución de los problemas sociales y ambientales que se viven en la región. Los representantes de la población afectada exigieron también la divulgación del último Término de Ajuste de Conducta (TAC) firmado por la TKCSA en 2014. Una vez más, los órganos ambientales no dieron respuestas concretas a las demandas presentadas durante el encuentro.

“Lo que queremos saber es dónde está la renovación del TAC de la TKCSA para que ella pueda seguir funcionando. Queremos saber la verdad. Nosotros tenemos la verdad de lo que está pasando con los habitantes de la región, pero del TAC que permite el funcionamiento de la TKCSA hasta ahora no sabemos. Nosotros somos pequeñitos, pero tenemos fuerza para gritar que nosotros queremos la victoria en nuestra comunidad”. Exigió Jaci do Nascimento, pescador y habitante de Santa Cruz.

Un nuevo encuentro fue agendado para la penúltima semana de julio en la sede del INEA, donde la población de la Bahía de Sepetiba volverá exigir al Estado una solución para los problemas que afectan la localidad.

Servicio
Exposición “Baía de Sepetiba e Santa Cruz: em busca de um futuro legal”

Lugar: Centro de Teatro do Oprimido (CTO)
De 03 al 11 de julio, de las 10 hasta 18hrs
Dirección: Avenida Mem de Sá 31, Lapa, Rio de Janeiro
Informaciones 2210-2124
Entrada Liberada

Lugar: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Del 15 de julio al 15 de agosto
Dirección: Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro
Informaciones: 2210-2124
Entrada Liberada

Contatos para la prensa
Sandra Quintela – 55 21 98842-6472
Karina Kato – 55 21 98529-2802