Foto: auto-registro / grupo de comunicação Curso Mulheres e Economia I 2014
Se pudesse demonstrar apenas com o corpo o que as palavras saúde, trabalho, amor e guerra significam pra você, como faria? Através da dinâmica “máquina”, as participantes do Curso Mulheres e Economia I iniciaram as atividades do módulo V, no Sinpro em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.
Marcando os dez anos do Curso Mulheres e Economia, a edição 2014 da formação se encerra nesta terça-feira, 9 – totalizando uma carga horária de 30 horas – com avaliação coletiva dos saberes acumulados e reunião de ideias para o Seminário Olhares Feministas sobre a Economia Política e o Mundo do Trabalho. O evento acontece entre os dias 12 e 14 deste mês em Petrópolis (RJ) e contará com rodas de conversa sobre a atualidade do debate da economia feminista, economia solidária e agroecologia, místicas, oficina de vídeo, trabalhos corporais, noites culturais dentre outras atividades. Dividido em cinco módulos, o curso enfocou os temas de economia política, dívida pública, mundo do trabalho, saúde da mulher, dentre outros.
Na última terça-feira (02/08) o terma foi Mega projetos de desenvolvimento no Rio de Janeiro: racismo ambiental, concentração de riqueza e poder. A partir da desconstrução do conceito de desenvolvimento, as participantes discutiram os impactos dos megaempreendimentos e do capital financeiro na vida das comunidades, sobretudo com relação à Zona Oeste do Rio, onde o Pacs coordena uma pesquisa sobre os impactos da instalação da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) na vida dos/as moradores/as de Santa Cruz. A discussão foi animada pela troca de experiências e reflexões de participantes de edições anteriores do curso. Além da roda de conversa, as participantes leram em grupos o texto A Copa 2014: de que estamos falando?, de Sandra Quintela, economista e coordenadora do Pacs.
Na semana anterior o foco foi no tema da saúde com falas disparadoras de três educadoras. Ana Clara Newlands, do DCE da UFRJ, falando sobre a privatização da saúde pública; Paula Carvalho, apresentando dados preliminares da pesquisa sobre condições de saúde das mulheres na Zona Oeste – pesquisa que está sendo realizada pelo PACS; e Luciene Lacerda, falando sobre saúde das mulheres negras e da saúde ambiental. A ideia é que a formação seja replicada em outros encontros e discussões dentro das comunidades e redes que as participantes integram.
Metodologia popular e participativa
Uma das marcas do Curso Mulheres e Economia é o entendimento do processo de educação como construção conjunta de conhecimento e compartilhamento de saberes. A partir desta perspectiva, logo no primeiro encontro as participantes foram divididas em grupos de trabalho responsáveis pelas questões estruturais, metodológicas, de comunicação e outras linguagens. As integrantes do grupo de comunicação, por exemplo, são responsáveis pelo registro fotográfico e em vídeo das atividades, enquanto as do grupo de metodologia planejam as dinâmicas, materiais formativos, temas e enfoques de cada encontro.
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