A Baía, que já foi área de pesca artesanal e turismo ecológico, vem recebendo obras e empreendimentos de alto impacto

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População do Rio e movimentos sociais abraçam a Baía de Sepetiba durante a Caravana Agroecológica e Cultural do Rio de Janeiro realizada em 2013

Com o tema “Baía de Sepetiba – a Amazônia carioca?” a oficina acontece no próximo sábado (9), a partir das 9h na Fundação Educacional Campograndense (Feuc), localizada na Estrada da Caroba, 685, Campo Grande, Zona Oeste do Rio. O objetivo é discutir os projetos industriais e megaempreendimentos que já estão localizados na região e aqueles que estão previstos para se instalar em breve e medir os impactos destes empreendimentos na vida dos/as pescadores/as, agricultores/as e moradores/as das cercanias da Baía. Além disso, o evento busca construir estratégias de resistência e preservação da área.

A Baía de Sepetiba está se convertendo num dos maiores portos de escoamento de minérios do Brasil. A presença da Thyssen Krupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) que tem um porto próprio, o próprio Porto de Sebetiba e o novo Porto Sudeste sinalizam essa tendência. “A nossa preocupação tem sido com o impacto destes empreendimentos na vida da população do Rio de Janeiro. No caso da TKCSA, por exemplo, já vimos na prática como ela está prejudicando não só a biodiversidade como a vida das pessoas, causando adoecimentos e acabando com a pesca e a agricultura”, declara Sandra Quintela, socioeconomista e coordenadora do Pacs, uma das organizações promotoras da oficina, construída conjuntamente com o Instituto de Formação Humana e Educação Popular (IFHEP), o Núcleo de Estudos Urbanos (Neurb) e o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ).

Segundo Karina Kato, pesquisadora do Pacs e professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o caso da Baía de Sepetiba representa uma espécie de síntese do modelo de desenvolvimento brasileiro. “Ao lado de orçamentos bilionários, como o empregado na construção de um submarino nuclear, há a implantação de megaprojetos industriais que impactam as comunidades e os territórios, isso tudo consolida o Rio como vitrine e palco de megaeventos como a Copa e agora as Olimpíadas. Isso tudo sem participação da população e com alto preço para a vida das pessoas”, analisa.

A programação começa às 9h da manhã e segue até às 17h. Haverá almoço no local. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail secretaria@pacs.org.br.

 

Serviço

Oficina Baía de Sepetiba: a amazônica carioca?

Sábado, 9 de maio, das 9 às 17h

Feuc – Estrada da Caroba, 685 – Campo Grande

Inscrições gratuitas: secretaria@pacs.org.br

Mais informações: 2210-2124 (Pacs)

Confirme presença no evento: https://www.facebook.com/events/931204976901183/